Ser mãe não é fácil: verdades que ninguém te conta

mãe cansada enquanto sua filha esta puxando pelas costas

Sabe aquela sensação de que o dia nunca termina? Aquela lista interminável de tarefas que se multiplicam, a pouca pausa e uma cobrança que parece vir de todos os lados?

Se você sente que ser mãe não é fácil, respire fundo: você não está sozinha. Longe de ser falta de amor, é o puro reflexo de um excesso de demandas, noites mal dormidas, decisões que parecem não ter fim e, muitas vezes, um apoio que simplesmente não chega.

Eu sei bem como é. Por isso, preparei este guia direto e acolhedor sobre a maternidade real: o que pesa de verdade, por que essa sensação acontece com tantas de nós e, principalmente, o que ajuda na prática.

Aqui, compartilho um pedacinho da minha própria experiência como mãe e de algumas clientes que passaram pelo Maternar-se, para te acolher nessa jornada.

mãe cansada sentada no chão enquanto a criança bebê dorme no sofá

A sobrecarga invisível que as mães carregam

Você já se pegou pensando em tudo ao mesmo tempo? No lanche da escola, no remédio que acabou, na roupa que precisa lavar, na lição de casa, na consulta médica, nas contas a pagar, na organização da casa e, claro, no trabalho?

A sobrecarga materna vai muito além do simples “cuidar”. Ela se manifesta nessa mente que não para, que está sempre ligada, planejando, antecipando, organizando.

Só a gente sabe como essa carga mental é exaustiva, não é? É como ter um aplicativo rodando em segundo plano, 24 horas por dia, 7 dias por semana, que nunca desliga.

O resultado é uma rotina exaustiva, aquela sensação sufocante de que “não dou conta” e pouca, ou nenhuma, energia sobrando para você mesma. É por isso que ser mãe não é fácil quando se vive sob essa pressão constante.

Essa exaustão mental não é frescura, é um desgaste profundo que afeta nosso corpo e mente. Ela rouba a sua capacidade de desfrutar, de se concentrar e até mesmo de descansar de verdade.

Mas o primeiro e mais libertador passo é reconhecer: você não está falhando. Você está, sim, sobrecarregada. E isso é uma realidade para muitas mães.

Pequenos passos para aliviar o peso

Mas calma! Pequenas mudanças podem trazer um alívio imenso. Que tal começar com 20 minutos semanais para planejar?

Isso já pode organizar o caos. Permita-se delegar o que puder, sem culpa. Sim, é permitido reduzir tarefas que não são essenciais. E se você divide a casa, combine as responsabilidades de forma clara com quem mora com você.

Lembre-se sempre: mãe não é “faz tudo”. Dividir não é um peso para o outro, é um cuidado essencial com você e com o bem-estar de toda a sua família.

Culpa materna: por que ela aparece e como diminuir?

Ah, a culpa materna. Ela é uma companheira indesejada na nossa jornada, não é? Essa sensação nasce de expectativas irreais: a imagem da mãe perfeita que nunca se irrita, está sempre disponível e acerta em tudo, o tempo todo.

Deixa eu te contar um segredo: essa mãe não existe. A vida real, essa sim, tem cansaço, tem limites e, claro, tem aqueles dias ruins que parecem não ter fim. E está tudo bem!

mãe deitada na cama e com o seu bebê sob a barriga

Estratégias poderosas para se libertar da culpa materna

Para reduzir essa culpa materna sufocante, você pode seguir estas dicas:

Troque “perfeita” por “suficientemente boa”

Permita-se trocar a busca pela mãe ‘perfeita’ pela mãe ‘suficientemente boa’. Acredite: sua presença genuína, seu afeto e a segurança que você transmite valem muito, mas muito mais do que qualquer ideal de perfeição inatingível.

Desligue as comparações

Cada família tem um contexto único, um tempo diferente e recursos próprios. Compare-se com você mesma, a cada dia. Você está fazendo o seu melhor.

Quando errar, repasse

Errar é humano, e na maternidade é uma constante. Peça desculpas, explique o que aconteceu e mostre como fará diferente na próxima vez. Isso não só ensina responsabilidade e amor ao seu filho, mas também cura a sua própria culpa.

Cuide de você sem culpa

Descanso, lazer e cuidar da sua saúde são partes integrantes e essenciais da criação. Uma mãe que se cuida, que está bem, cuida muito melhor. Isso não é egoísmo, é inteligência e amor.

Perdendo a paciência com a sua filha? Dicas de o que fazer!

Falta de rede de apoio: o impacto e como buscar suporte

Quando falta uma rede de apoio, tudo, absolutamente tudo, parece pesar ainda mais. É um fardo que se torna gigante. Isso é verdade para toda mãe, e ainda mais intenso para quem enfrenta a maternidade solo.

O apoio, entenda bem, não é um luxo distante; ele é uma necessidade vital para a sua saúde e bem-estar. Sentir que ser mãe não é fácil é ainda mais comum quando não há para quem recorrer.

A ausência de uma rede de apoio contribui para o isolamento, para o aumento da sobrecarga e, consequentemente, para o esgotamento materno.

Ela impede que a mãe tenha momentos de respiro, de autocuidado e até mesmo de reflexão sobre si mesma. Essa solidão pode ser avassaladora.

mães que resolveram criar uma rede de apoio na maternidade

Por onde começar a construir sua rede de apoio?

Como, então, construir esse apoio prático?

  • Dentro de casa: Comece por onde você está. Uma divisão clara de tarefas e horários com seu parceiro ou outros moradores da casa transforma o combinado em rotina e alivia o peso.
  • Família e vizinhança: Aceite ajuda concreta! Alguém se ofereceu para levar na escola? Para vigiar as crianças enquanto você descansa? Para pegar um remédio na farmácia? Aceite! Essas pequenas ações somam muito.
  • Escola e serviços: Não hesite em conversar com a coordenação da escola, usar a agenda escolar para comunicação ou pedir orientações. Muitas instituições estão prontas para apoiar.
  • Comunidade: Procure grupos de mães no seu bairro, na igreja, em aplicativos. Trocas de guarda, caronas compartilhadas ou compras coletivas podem ser uma salvação e uma forma de criar laços.
  • Online: Se a rede local é escassa, os grupos de apoio emocional para mães online e conteúdos sobre criação consciente podem ser uma fonte valiosa de acolhimento e aprendizado. Você não está sozinha, e o mundo digital pode te conectar a muitas mães com as mesmas dores e buscas.

Saúde mental na maternidade e os sinais de alerta

A maternidade pode ser, de fato, uma das fases mais felizes, cheia de amor e descobertas. Mas também é inegavelmente uma das mais desafiadoras. 

Cuidar de uma criança exige atenção constante, noites mal dormidas e uma energia que muitas vezes parece não existir. 

Esse cenário, somado às intensas mudanças hormonais, à pressão social para ser “perfeita” e ao medo paralisante de “errar”, faz com que muitas mães desenvolvam ansiedade, estresse intenso ou até mesmo depressão pós-parto. 

Para elas, a sensação de que ser mãe não é fácil se torna uma realidade diária e opressora.

Entendendo os desafios emocionais

A transição para a maternidade é uma revolução interna. O corpo se transforma, a rotina vira de cabeça para baixo e a identidade é ressignificada.

Nesse turbilhão, é fácil se perder e não perceber que a exaustão está virando algo mais sério. É fundamental estar atenta aos sinais que o seu corpo e a sua mente enviam.

Quando buscar ajuda profissional

Estes são alguns sinais de alerta importantes:

  • Choro frequente e uma sensação persistente de desânimo sem motivo aparente;
  • Dificuldade para se conectar emocionalmente com o bebê, sentindo um vazio ou distanciamento;
  • Irritabilidade constante, explosões de raiva com o seu filho(a), dificuldade de concentração ou problemas de memória;
  • Falta de prazer em atividades que antes eram agradáveis, perdendo o interesse em hobbies ou convívio social;
  • Exaustão mental que não melhora nem com descanso, uma sensação de esgotamento profundo.

Reconhecer esses sintomas cedo é fundamental. Buscar a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra não é, de forma alguma, um sinal de fraqueza; é um ato de coragem e cuidado consigo mesma

Redes de apoio, grupos terapêuticos e conversas sinceras e abertas com familiares também são partes essenciais da prevenção e do tratamento.

mãe cansada e entendendo que criar filhos é bastante desafiador

Leia também: Como ter paciência com os filhos

Criar filhos é desafiador (e está tudo bem)

Muitos conteúdos nas redes sociais passam uma visão “perfeita” da maternidade. Mães sempre sorridentes, casas impecáveis, filhos modelos. 

A verdade é que criar filhos é complexo, cansativo e imprevisível

Existem fases difíceis: birras intermináveis, noites sem dormir que parecem não ter fim, crises na adolescência que tiram o fôlego… E tudo isso é absolutamente normal!

Aceitar que nem todos os dias serão fáceis tira o peso da cobrança. É nesse ponto que entra o conceito de maternidade real: entender que as falhas fazem parte do crescimento, tanto de nós como mães quanto da criança.

A maternidade é uma jornada de altos e baixos, de risos e choros, de acertos e muitos erros. Permita-se ser humana. Permita-se viver a sua maternidade, com as suas particularidades e imperfeições.

Pais que reconhecem seus limites ensinam aos filhos que errar e aprender é parte da vida. Criar filhos não é sobre ser impecável, mas sim sobre presença, amor e ajustes constantes.

Se arrependeu de ter o segundo filho? Veja como se curar!

Dicas práticas para mães sobrecarregadas

Pequenas mudanças podem trazer mais leveza e um respiro no seu dia a dia. Se você sente que ser mãe não é fácil, estas sugestões simples podem fazer uma grande diferença.

  1. Organize a semana em blocos de tempo: Reserve períodos específicos para tarefas da casa, trabalho e lazer. Ter clareza reduz a sensação de caos.
  2. Estabeleça pausas curtas diárias: Um banho relaxante, um café em silêncio ou uma caminhada rápida ajudam a mente a descansar.
  3. Delegue sem culpa: Parentes, amigos ou até profissionais podem dividir funções. Aceitar ajuda é sinal de inteligência emocional,  não de fraqueza. Permita-se ser ajudada.
  4. Crie momentos só seus com o filho: Não precisa ser uma tarde inteira. 10 minutos de atenção exclusiva, um olhar no olho, um abraço apertado, uma brincadeira simples fortalecem o vínculo e alimentam a alma de vocês dois. A qualidade supera a quantidade.
  5. Invista em autocuidado: Ler, meditar, fazer exercícios ou hobbies melhora drasticamente sua energia e seu humor. Quando a mãe está bem, toda a família sente e se beneficia. Lembre-se sempre: pedir ajuda é essencial.

Maternidade consciente e seus benefícios

Cada vez mais mães têm buscado a chamada maternidade consciente: uma forma de criar os filhos com mais empatia, presença e equilíbrio emocional, sem repetir padrões tóxicos ou ultrapassados que não funcionam mais. 

Essa abordagem reconhece que, às vezes, ser mãe não é fácil, mas oferece ferramentas para lidar com essa realidade de forma mais leve.

Ao entender suas próprias emoções, gatilhos e limites, você ganha a capacidade de educar com mais calma, segurança e intencionalidade. É um processo de aprendizado contínuo, onde o autocuidado e o autoconhecimento são a base para uma parentalidade mais equilibrada.

mãe tendo uma sessão com um especialista em orientação parental

Você não está sozinha

Sim, ser mãe não é fácil, e essa é uma verdade libertadora. Longe de ser um sinal de falha, é um convite para uma maternidade mais honesta, humana e real. Esta jornada, embora repleta de amor, traz seus desafios, e você não precisa – nem deve – enfrentá-los sozinha.

Reconhecer suas emoções, buscar apoio, trocar experiências e aprender novas formas de cuidar dos filhos são passos fundamentais para viver essa fase com mais leveza e plenitude. Você não está sozinha nessa.

Se você deseja aprofundar esse caminho, se fortalecer emocionalmente e transformar a sua relação com o seu filho, entre em contato e entenda como podemos te ajudar.

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Você merece estar bem, e seus filhos também.

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